domingo, 30 de maio de 2010

Fuja das lesões

Conheça os problemas que mais atingem os corredores e proteja o seu corpo.

Pernas

A tíbia, que é o osso da frente da perna, pode sofrer processos inflamatórios por causa da sobrecarga de exercício, sendo a periostite (ou canelite) a mais comum entre os corredores. Trata-se da inflamação do perióstio, a membrana que envolve esse osso. A membrana perde a sensibilidade e aí você não percebe a dor que sinaliza a carga excessiva de exercício. A solução é abandonar temporariamente a corrida, sob o risco de a inflamação evoluir para uma fratura por stress. Um erro comum que sobrecarrega o músculo tibial e pode desencadear lesões é quando o corredor pisa com a ponta do pé, na tentativa de acelerar o movimento.

Tornozelos

O trauma típico nessa região é a inflamação do tendão calcâneo (ou tendão-de-aquiles), provocada pelo uso de tênis impróprio para corrida ou deformidades na pisada, o que pode ser corrigido com o uso de uma palmilha sob medida para o pé do atleta. E ainda existem as contraturas musculares e as entorses, causadas principalmente por quedas em terrenos irregulares.

Coluna

É onde ocorre a maior parte das lesões nos corredores, geradas pelo forte impacto, que a cada pisada vibra até as costas. Para protegê-la, a ordem é fortalecer os músculos estabilizadores da coluna, que compreendem os abdominais, dorsais e glúteos. Ou seja: é preciso investir em exercícios localizados ou musculação. Também há o risco de sobrecarga nos discos entre as vértebras, por excesso de treino ou desvios na postura. Isso gera dores e pode até evoluir para hérnia de disco (deslocamento da parte interna do disco intervertebral para fora)

Joelhos

São articulações instáveis, cuja segurança e estabilização dependem dos músculos e ligamentos que as compõem – quando não estão condicionados, colocam o joelho em perigo. Os problemas mais comuns envolvem o amolecimento da cartilagem da patela (que trabalha na flexão do joelho) e lesões no menisco (que funciona como amortecedor da carga), provocados por excesso de exercício e que levam à perda da capacidade de absorver o impacto da corrida. Contudo, muitos traumas podem ser prevenidos com sessões semanais de alongamento, além de um trabalho de fortalecimento, com exercícios localizados ou musculação, para a musculatura anterior e posterior da coxa, adutores e abdutores, que respondem pela estabilização da articulação do joelho.

Pés

Têm estrutura óssea frágil e, por isso, sujeita a fratura por stress, principalmente nos metatarsos (ossos que vão do peito do pé até os dedos), quando existe sobrecarga de treino, sobrepeso do corredor ou irregularidade na pisada. Como o osso não quebra, só dá uma trincada, muitas vezes há uma demora para detectar o problema, porque não costuma ser identificado por raio X. Para ficar longe disso, uma saída é intercalar os treinos na rua com corridas na esteira e no gramado, que oferecem menos impacto, preservando ossos e articulações. Outro drama dos atletas é a fascite plantar, inflamação que se caracteriza por uma dor forte, como se o músculo da sola do pé estivesse rasgando ao correr. A fáscia plantar, estrutura fibrosa que se estende do osso do calcanhar em direção aos dedos, inflama e a lesão se dá pelo encurtamento da musculatura local. A melhor solução para evitá-la é alongar bem a planta do pé e a panturrilha antes e depois do exercício.

Panturrilhas

A musculatura dessa região responde pela força de impulsão e pela flexão do pé, daí a importância do seu condicionamento. Atletas pronadores (que pisam para dentro) tendem a sobrecarregar mais esses músculos, o que aumenta o risco de lesionar a panturrilha. Nesse caso, correr calçando tênis errado pode agravar o problema, pois a pessoa força a pisada para o lado erradol. Quando a musculatura é exigida além da capacidade de suas fibras também fica vulnerável e pode ocorrer distensões. Para evitar o problema, dá-lhe alongamento, que proporciona flexibilidade e resistência aos músculos.









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