sábado, 25 de junho de 2011

Estratégias para não desistir da corrida


A legião de praticantes de corrida não para de crescer. Só na Corpore, maior associação de corredores da América Latina, o número de atletas amadoras cadastradas subiu de 10 mil, em 2002, para quase 95 mil, em 2010. Uma porcentagem significativa de mulheres, porém, abandona a atividade. As razões das desistências são diferentes, mas a maioria possui um denominador comum: são perfeitamente remediadas com mudanças simples na rotina. Fuja das armadilhas e permaneça no time das corredoras

Meus joelhos doem

As mulheres têm mais chances do que os homens de sentirem o incômodo na corrida. Como o quadril delas é mais largo, a atividade pode gerar um desalinhamento na patela, um osso do joelho, causando dores locais. Outro motivo é o aumento abrupto do volume de treino. O ideal é estabelecer um crescimento semanal de 5%. Corredoras iniciantes costumam pular de 10 para 20 minutos da noite para o dia — variação de 100%. Mudanças simples também amenizam o problema, como a troca do local em que você corre. Dê preferência a superfícies macias, como de terra batida ou grama. Ou escolha o asfalto em vez de cimento e concreto, que são mais duros. Finalmente, fortaleça os músculos dos glúteos, dos quadris e das coxas com musculação.

Tenho bolhas

O atrito entre o tênis, a meia e a pele causa as bolhinhas d’água no calcanhar, dedos e planta do pé. Para evitá-las, preste atenção na meia que anda usando. Procure aquelas sem costura e indicadas para a prática do esporte. Como elas possuem pontos com sistema de ventilação (o que diminui a transpiração) e reforço nas regiões que são mais afetadas, as chances de terminar o treino com o pé dolorido caem. É possível diminuir o problema espalhando na pele algum lubrificante, como a vaselina pastosa ou líquida. Só tome cuidado com a quantidade para não escorregar dentro do tênis. Caso o incômodo persista, é possível que o número do seu calçado não seja o ideal. Quando corremos, os pés incham devido ao aumento do fluxo sanguíneo. Por isso, o melhor momento para você comprar seu par novo é no final do dia, quando se certifica do tamanho que seu pé alcança.

O clima não ajuda

A condição climática pode minar a vontade de calçar o tênis. Mas dá para driblar a natureza. Para quem mora em lugares frios, a dica é se aquecer dentro de casa ou outro lugar fechado por 10 minutos. Alongue, dê chutes ou faça polichinelos para esquentar o corpo. Por fim, não abra mão de roupas que protejam o tórax. Caso o problema seja a temperatura nas alturas, exercite-se antes das 9 ou após as 17 horas. Leve uma garrafinha d’água e hidrate-se a cada 15 minutos ou 2 km completados. Em cidades com umidade acima de 85%, a corredora talvez sinta desconforto, pois, com a dificuldade da evaporação, o calor demora para deixar o corpo. Use peças leves que facilitem a troca de calor e evite correr em locais onde choveu horas antes. Para quem mora em municípios secos, como Brasília, a sugestão é molhar a camiseta logo abaixo do pescoço. O suor evaporado umedece as vias aéreas, minimizando o desconforto.

Tenho medo de ficar com bumbum e seios caídos

A corrida não trabalha o corpo completamente. Apesar de a atividade cuidar do sistema cardiovascular de forma eficaz, ela não aumenta a massa corporal nem previne a perda do tônus muscular. Somado a isso, sabe-se que após os 25 anos as mulheres têm uma diminuição na composição da massa corpórea, resultando em bumbum e seios mais flácidos. Por isso, é o tempo — e principalmente as faltas nas aulas de musculação, que deixa seu corpo menos durinho. Drible esse processo investindo na musculação. Trata-se da melhor maneira de complementar seu treino de corrida e manter o derrière e a comissão de frente apontados para a Lua. Para ficar segura, use um sutiã esportivo, que é mais reforçado que os tops mas mais anatômico que o sutiã convencional.

Não quero envelhecer rápido

Algumas pessoas associam a corrida à aceleração do envelhecimento. De fato, durante a prática de exercícios muito intensos, prolongados e em excesso, a produção de radicais livres pelo organismo pode ser menor do que a de antioxidantes (substâncias que combatem os radicais), resultando na morte celular. Trocando em miúdos, você fica um pouquinho mais velha, sim. Em se tratando de corrida, pode-se considerar inofensivo um treino diário de até 1 hora e meia. Procure não ultrapassar esse tempo com frequência. Outra maneira de garantir que sua pele não aparente ter nem um dia a mais além do que está escrito no seu RG é usar filtro solar com proteção UVA e UVB nas áreas do corpo expostas. E reaplique sempre que necessário — depois de suar muito e ficar por mais de 2 horas exposta ao sol. Invista em peças de vestuário com proteção solar, tecnologia presente em bonés, camisetas e shorts.

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